domingo, 27 de março de 2011

Amiga Desnuda

quando sem querer muito querendo
teu corpo nu eu vi
padeceu em mim o desejo
que de pequeno não podia existir

quando teu corpo nu vi
nasceu em mim renovado desejo
fisiológico e intenso
eu vi teus tão escuros pêlos
e o desejo se fez ressurgir

agora é grande
naquele instante era um tanto pequeno
agora é imenso
e me atormenta quando te vejo

quando muito querendo te ver nua vi
mármore branco e pano preto
sem querer muito querendo
tua pele branca e teus bem pretos pêlos

você em sorriso fingia esconder
me batia e reclamava
sem me impedir em nada ver

eu, teu amigo, me perdi bem ali
eu que tanto te admiro gostei...
agora quero muito beijar e mais
e sei que você muito vai resistir
apesar de também muito querer

agora, toda vez que você fala comigo atormenta
nem faz nem sai de cima
sempre me trazendo à cabeça:

você vendo que eu estava vendo
sorria, batia e reclamava
mas não se cobria nem nada
e assim se mostrava pra mim
você me deixando ver

mesmo sem deixar ter,
não corre nem sai de cima
mesmo assim não deixo de te aproveitar
nem fomos nem ficamos
mas bem tranquilo sei
nós ainda chegaremos lá

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