pai todo momento, programador por paixão e, nas horas não vagas, escrevo. disciplinado, determinado, precavido e não complacente. imperioso sem ser hedonista. luxurioso, carinhoso e atento. atento a não parecer detalhista. não me levo a sério. ainda assim, evito ser leviano com quem não merece isso de mim. e contraditório.
eu gosto de escrever. até onde alcança a memória, meu primeiro texto foi pra um concurso de estórias do colégio. eu tinha 9 anos e fiquei em segundo. depois com 14 comecei a escrever vez por outra. com 19 entrei na faculdade e parei. fiquei muito tempo sem escrever e relembrei o quanto gosto de escrever.
pra mim, a experiência da leitura de texto é uma combinação de:
contexto: o que motiva o texto. normalmente um sentimento, uma idéia ou algo que o escritor presenciou ou ficou sabendo, etc.
escritor: tudo que concerne a pessoa que escreve. o seu estado de espírito no processo de escrita, o que ele conhece de arte, sua experiência em escrever, sua motivação em escrever, etc
leitor: tudo que concerne a pessoa que lê. o seu estado de espírito, sua motivação em ler, o que ele conheçe sobre o contexto, sobre o escritor, sobre arte, etc
o texto em si é uma combinação do contexto com o escritor. mas só na mente do leitor que o processo termina. muitas experiências de leitura assim se formam.
escrevo pensando nisso. escolho o que quero que quem me lê experimente. escolho o que mostrar e o que esconder. e o tempo disso. se assemelha muito com sedução. ou com uma dança. escrevo como quem prepara uma armadilha.
em particular, gosto de idéias contraditórias, dúbias ou sutis. tomo as providências necessárias pra que meu leitor tome a corda, se amarre seja tomado pelo texto. essa é minha arte. guiar as sensações das pessoas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário