sexta-feira, 25 de junho de 2010

Noturna

menina meiga, carinhosa, tu me vens na madrugada. me procura quando durmo, me acorda e diz que o resto que há na vida é nada. tua boca, molhada, ao passear pelo meu corpo diz tanta coisa e isto, sem usar qualquer palavra.

com as pernas incentiva e me abraça. ou sobre mim me prende os pulsos, finges que são rédeas e controla tua andadura ritmada. começa a passo. passeia um pouco a trote, pra ficar acostumada, e se perde no rápido galope, junto comigo, que já não penso em mais nada. me leva pra tão longe, pra fundo me receber e tomar o que tu queres. quando quiser me ter.

mulher sedutora e cruel. desavergonhada, tu olhas e me sorri. faz que quer sem dizer palavra. eu sonho que me acordas, no meio da madrugada. acordo só e imagino, tuas pernas e bocas, sem dizer nada.

quando meu querer acabará, varando até a alvorada?

contexto: tinha acabado de acordar e ligado o computador. escrevi o começo do texto. até 'nada'. fui tomar banho e pensei como poderia completar este pensamento. demorei nesse processo uns 25 minutos.

Um comentário: